‘Diário da peste’ tem a pandemia como pano de fundo

“E, naquele ano, a peste se espalhou na velocidade do ódio.” Talvez essa frase seja uma das que melhor sintetizam Diário da peste, o novo livro de Luís Dill.

Diário da peste possui várias camadas. Na narrativa, ficção, informações jornalísticas e boatos do WhatsApp se misturam de maneira única.

O livro é dedicado “a todos os profissionais da saúde e da segurança pública que nunca pararam”. Confira o trailer.

Do que trata a história de Diário da peste?

O livro mergulha nas dúvidas, angústias e planos de Jota, um adolescente que passa por uma crise pessoal. Os discursos polarizados e o turbilhão de boatos e informações desencontradas servem de pano de fundo.

Jota é um aficionado por literatura, que se arrisca a escrever sua própria história. Incentivado pelo seu terapeuta, ele usa o poder da imaginação e da palavra como válvula de escape.

Ele enfrenta o medo, a insegurança e as demais maldades do mundo: ganância, violência, intolerância, ódio. Tudo isso em meio ao aumento dia após dia no número de mortos pela covid-19.

Ao redor de Jota, há defensores da direita e da esquerda, além daqueles que não querem nem saber de política. O livro, no entanto, não aponta nenhum dos lados como o correto. Pelo contrário, sobram críticas para todos.

A impessoalidade da contagem dos mortos se reflete no nome dos personagens: Efe, Vê, Eme, Agá, Tê etc.

Essa também é uma forma de mostrar o quanto o cotidiano dessas pessoas é semelhante ao de tantos jovens brasileiros. Ou seja, repleto de redes sociais, notícias, músicas, livros, filmes e séries.

Como foi o processo de criação de Diário da peste?

Logo que a pandemia provocada pelo novo coronavírus começou, Luís Dill não teve dúvidas de que o momento seria marcante para a história da humanidade.

Pensando nisso, ele decidiu escrever Diário da peste de forma diferente da que estava acostumado. Em vez de esperar a pandemia passar e ter um olhar distanciado, ele escreveu no calor dos acontecimentos.

Com isso, o autor não planejou o enredo, mas foi decidindo os rumos da história à medida que escrevia. Assim, a narrativa seguiu o mesmo tom dos noticiários da época.

Para ressaltar esse aspecto de registro histórico, Luís Dill optou por narrar a história na forma de diário. Aliás, o formato e o projeto gráfico do livro lembram um diário de verdade.

“Eu escrevi o livro no meu dia a dia, quase como se fosse um diário meu”, conta. No vídeo abaixo, confira como foi o bate-papo de lançamento entre o autor e a professora Telma Borges.

Quem é Luís Dill?

O jornalista Luís Dill já escreveu mais de 60 livros para diversos públicos, sempre com a mesma dedicação. O autor acredita que, mais do que indicar caminhos ou dar lições de moral, o papel da literatura é contar boas histórias.

Filho de pais leitores, ele conta que a escrita foi a maneira que encontrou para ser feliz. Desde criança, quando lhe perguntavam o que seria quando crescesse, sua resposta sempre foi a mesma: “Eu vou ser escritor!”

Apesar de entender que é necessário haver uma divisão no mercado editorial, Luís Dill não crê que existam títulos próprios para crianças, jovens ou adultos: “Eu acredito nos leitores, no poder que eles têm de se encantar por um livro.”

Ao longo da carreira, ele acumulou alguns reconhecimentos. Entre eles, o prêmio Açorianos por cinco vezes, o Biblioteca Nacional, o Flipoços e o Livro do Ano pela Associação Gaúcha de Escritores.

Além disso, várias de suas obras receberam o selo Altamente Recomendável e fazem parte do acervo básico da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Antes de Diário da peste, o autor escreveu Cotidiano, paixões & outros flashes, uma coletânea de “haiquases”, e Clube da cova, um suspense juvenil.

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