Estamos vivendo tempos realmente desafiadores. Por causa da Covid-19, já são quase 3 milhões de famílias que choram a perda de seus entes queridos no mundo inteiro. Só no Brasil, a marca passa dos 300 mil. A pergunta que fica é: será que é possível manter a esperança durante a pandemia?

Com tantas incertezas em relação ao futuro, os nossos planos e a forma como levamos a vida mudaram muito. Claro, não devemos nos esquecer também das famílias que tiveram seu sustento comprometido.

Muitos se sentem desesperançados, o que atrapalha a identificar as possibilidades de caminhos a seguir. Com isso, não só a saúde mental fica afetada, mas o corpo também pode se tornar mais fraco e vulnerável.

Contudo, vamos evitar falar de negatividade, por hora. Estamos aqui para te dar o contraponto e mostrar a importância de não ignorar seus sentimentos neste momento. Afinal, é hora de valorizar a vida!

A solidariedade dá esperança durante a pandemia

Você sabia que uma situação angustiante, ou até mesmo trágica, pode também ser o momento em que a esperança mostra sua força? Momentos de superação ao longo da história estão aí para nos mostrar isso.

Por exemplo, neste momento, a nossa esperança está na vacina contra o coronavírus. Ela pode até tardar em vir, mas uma hora vai chegar. Até lá, cuide bem de você e das pessoas próximas.

Nesse caminho, seus valores não devem ser perdidos. Por isso, é importante não ignorar a necessidade do outro. Se, por um lado, a pandemia traz angústia a algumas famílias, por outro, ela revela o lado fraterno das pessoas.

Desse modo, junto com os alimentos para essas famílias, eles entregam livros para as crianças. Veja aqui como funciona essa ação tão bonita e importante.

Como encarar o isolamento social com mais leveza?

As atuais medidas restritivas obrigaram as pessoas a se isolarem um pouquinho mais. Como você sabe, a recomendação é não sair de casa. Há muitas maneiras de manter o espírito elevado durante as situações difíceis.

O melhor a fazer é dedicar-se a alguma atividade frutífera. Segundo especialistas, o foco em qualquer atividade reduz a possibilidade de surgirem episódios de estresse, ansiedade e depressão.

A leitura desempenha um papel fundamental nisso. Um bom livro pode ser uma companhia surpreendente, além de proporcionar a quem lê algo que evento nenhum é capaz de tirar.

Se a realidade te engessa, a música, a literatura e as outras formas de arte são capazes de dar asas. A nossa dica é que você escolha obras que deem leveza ao seu coração.

Pra saber voar, de Ana Terra, leva o leitor às nuvens. Afinal, a obra conta como todos os seres que carregam vida – até mesmo um rinoceronte – podem alçar voo e contar sua história apenas com o olhar.

Solitário, o rinoceronte se despede do chão, esbarra em pássaros, se veste de nuvens e pousa na sombra debruçada sobre a terra.

O simbolismo do livro convida a uma reflexão sobre a possibilidade dos seres humanos voarem também. Tudo depende da poesia que cada um carrega dentro de si.

A obra proporciona vários tipos de voos: com as ideias, com os olhos, com os sonhos, com as palavras e com as cores. Difícil mesmo é pousar depois!

Esperança na vida pós-pandemia

Mais cedo ou mais tarde, os tempos difíceis vão passar. A sua essência, no entanto, não. O momento é de ser realista quanto ao presente e otimista em relação ao futuro.

Não se esqueça de que a crença no amanhã ainda é permitida (e de graça!). Lembre-se ainda de que não é só doença que é capaz de contagiar as pessoas em volta. A sua energia positiva também!

A conexão humana é algo que nos aproxima na busca por um amanhã melhor. Compartilhar sonhos e esperanças dá suporte para realizá-los.

Isso não significa apenas ter otimismo, mas também saber se preparar para o que virá. Assim, a esperança dá força e coragem para seguir em frente.

Para quem sonha com uma vida com leveza, carinho e beleza, o livro Que vida eu quero ter?, de Susana Maria Fernandes, é uma ótima escolha.

O texto convida o leitor a refletir sobre a vida que quer para si e sobre os caminhos e decisões que surgem no meio do caminho. Também há aquelas escolhas que, tantas vezes, deixamos que os outros façam por nós.

Todos os dias, os desejos mudam: ter a vida pacífica de um caracol, voar, mergulhar e decolar, como a gaivota, e até mesmo não fazer nada, como as plantas.

Por outro lado, talvez seja melhor se enroscar em um cobertor, mergulhar em um pote de brigadeiro ou  surpreender a mamãe com um beijo. Enfim, ter uma vida muito particular e feliz!

Como encarar as perdas com mais leveza?

A essência de uma pessoa não é definida pelos percalços que ela enfrenta, mas sim pela forma como responde a eles.

Até mesmo algo difícil como a morte pode ser encarado de maneira mais leve. Esse processo pode ser um pouco menos difícil com a ajuda de algumas obras.

Como natureza, de Fábio Monteiro, é um livro sensível, direcionado não só para crianças, mas para todas as idades. Afinal, todo mundo precisa de ajuda para aprender a lidar com as transformações da vida.

A narrativa gira em torno de Joaquim, um menino que se identificava com a natureza e a simplicidade das coisas. Ele admira a paisagem em volta como se fosse a última vez que a vê.

Assim, ele sopra feito vento, corre feito rio, balança feito galho, voa alto feito pássaro e bebe dos mais belos sentimentos para semear o amor.

Joaquim guarda o segredo da vida e sonha em ter uma semente no umbigo, que brotaria e se transformaria em árvore.

Como você pode ver, alguns livros são capazes de contornar o peso de tempos difíceis, injetando coragem e disposição no leitor. Dessa maneira, podemos dizer que eles são o verdadeiro “tratamento precoce” para a alma.

Confira as nossas sugestões, que contribuem para dar esperança durante a pandemia!