É papel da escola, bem como de toda a comunidade, trabalhar pela defesa e pela promoção de uma cultura de paz. Isso está previsto na página 431 da BNCC, em uma habilidade do componente de História para o 9º ano, mas também na 6ª competência do componente de Ensino Religioso, previsto para todo o ensino fundamental.
Diz a BNCC que cada estudante deve “debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância e discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz”.
O foco da Etapa 8 é, além de buscar a promoção dessa cultura de paz, possibilitar mais um recurso para que os alunos desenvolvam também elementos da Competência Geral 10 da BNCC. Trata-se de uma competência, basicamente, sobre responsabilidade e cidadania, a qual define que os estudantes devem “agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação tomando decisões com base em princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.
Uma ótima alternativa para que nossos alunos tenham condições de assumir um protagonismo ativo e crítico em todo seu processo de aprendizado é a adoção, por parte de seus professores e coordenadores, de metodologias pautadas em experimentações, como é o caso da metodologia de ensino baseada em situação problema.
Nessa dinâmica pedagógica, os alunos devem articular diferentes habilidades e conhecimentos, para a resolução do problema em questão, cuidadosamente pensado por seus professores. Com bastante propriedade, a obra Meninos da planície, de Cástor Cartelle e Walter Lara, estimula uma relevante reflexão sobre a importância da pesquisa científica, de maneira especial, na região de Lagoa Santa.
Mas não só nela. Valorizar as pesquisas científicas é uma necessidade absoluta, porém é preciso também aproximá-la do cotidiano escolar.
A proposta de trabalho da Etapa 8 é, portanto, a criação de um simulacro de laboratório de Arqueologia. A partir de uma situação problema, esse trabalho integrará não só as diferentes áreas do conhecimento, como também as turmas dos anos finais do ensino fundamental.
Para dar início aos trabalhos, propomos a pergunta: o que a Arqueologia pode revelar sobre os primeiros habitantes de Lagoa Santa?
A Etapa 8 é, possivelmente, a mais complexa do trabalho que sugerimos a vocês, professores dos anos finais. Mas asseguramos que os resultados e, principalmente, a caminhada até ele trarão importantes conquistas a vocês e seus alunos.
Primeiramente, vocês devem observar que esta etapa tem cinco partes, pensando nas especificidades dos trabalhos com cada ano escolar.