Mesmo no mundo cada vez mais digital em que vivemos, as brincadeiras do tipo “faça você mesmo” são diversão garantida. Por isso, invista nelas! Convide as crianças a fazerem e soltarem a própria pipa.
Chegaram as férias, mas há dias em que chove sem parar, não é mesmo? Por isso, não é uma boa ideia desperdiçar um dia de sol ficando só dentro de casa, no celular, no computador e no videogame.
A diversão já começa na hora de confeccionar a pipa e pode ter certeza: brincar com algo que elas mesmas fizeram é algo que dá orgulho às crianças.
Em família, a atividade é ainda mais gostosa. Antes de sair de casa, se informe sobre a previsão do tempo. Aliás, aqui vai uma ideia: e se vocês aproveitassem um dia de chuva para fazer a pipa e um de sol para soltá-la?
Veja como fazer uma pipa do tipo peixinho
Você vai precisar dos seguintes itens:
- 2 varetas de bambu
- Sacola, saco plástico ou papel de seda
- Linha nº 10
- Fitas de cetim ou papel crepom
- Fita adesiva
- Tesoura sem ponta
- Cola branca
- Régua
Primeiramente, corte as varetas de bambu, para que fique uma com 50 e a outra com 60 cm de comprimento.
Cruze-as em um ponto a 10 cm da extremidade da vareta maior e no meio da menor. Para dar firmeza, passe a linha algumas vezes sobre os vértices desse ponto, aperte bem e dê um nó.
Com a tesoura, faça ranhuras nas varetas a cerca de 2 cm de cada uma das 4 pontas. Em cada ranhura, dê voltas com a linha e deixe bem esticado até a ranhura seguinte, fazendo a estrutura da pipa na forma de losango.
Recorte o saco plástico ou folha de seda no formato da pipa, sobrando 5 cm de cada lado. Se quiser, use tinta para decorá-la. Posicione a estrutura da pipa alinhada ao centro, onde você fará dois furinhos.
Nesses furos, passe a linha para amarrar bem apertado o plástico ou papel de seda ao ponto onde as varetas se encontram. Dobre as laterais que sobraram sobre a estrutura e prenda com fita adesiva.
Saiba ainda que a rabiola não é só um enfeite! Ela também serve para dar estabilidade em meio a ventos fortes. Para fazê-la, use fitas de cetim ou corte várias tiras de papel crepom ou de seda e cole na ponta inferior da pipa.
Por último, use uma linha para amarrar e unir duas pontas opostas. Nessa linha, você vai amarrar a que vai até o carretel, que pode ser outra vareta ou qualquer objeto cilíndrico. Pronto, a sua pipa já pode ganhar o céu!
Dicas para quando você for soltar a sua pipa
Ao soltar pipa, o olhar costuma ficar fixo no céu, e o chão acaba sendo esquecido. Então, procure um local aberto. Quanto mais espaço e menos obstáculos tiver, melhor. Afinal, as crianças vão precisar correr um pouco.
Só deixo aqui o lembrete para que vocês evitem lugares onde a pipa possa ficar presa ou alguém possa se machucar. Portanto, procure ficar longe dos locais com árvores altas, fios da rede elétrica e ruas movimentadas.
Parques ou campos de futebol são excelentes opções. A propósito, a brincadeira também é perfeita para quem está passando as férias na praia ou no campo.
Se estiver ventando muito, será mais difícil fazer a pipa subir. Uma brisa, por outro lado, a manda lá para cima.
Peça à criança que fique contra a direção do vento, segurando o carretel. Deixem, pelo menos, 20 metros de linha solta. Enquanto isso, você segura a pipa acima da sua cabeça, até sentir que ela começa a voar.
Quanto mais linha soltar, mais alto a pipa voa. Puxar a linha suavemente para baixo a faz subir ainda mais, até chegar a uma altura em que você a perde de vista. Já no alto, a pipa deve se manter sempre contra a direção do vento.
Procure saber sobre os outros modelos
Bem, aqui, você viu apenas uma das várias formas de fazer pipa. Há ainda modelos quadrados, em que deve ser feito um arco com uma das varetas. Também há os hexagonais, em que a parte superior fica descoberta.
A arraia é quase triangular. Já o morcego tem forma de retângulo e não possui rabiola. A capucheta é feita somente com um jornal dobrado. Seja qual for o modelo, usar cerol ou linha chilena é proibido e perigoso.
Como algo tão simples tem a capacidade de encantar tanto? Depois de pronta, seu voo é tão gracioso que chega a ser quase poético. Se você concorda com essa afirmação, te convido a apresentar às crianças o livro Voa pipa, voa.