De quatro em quatro anos, as olimpíadas nos mostram como é possível haver união entre todos os povos. Afinal, que outro cenário teria nações com diferenças tão profundas dividindo espaço de forma amistosa?
Embora o clima geral seja de competição, os atletas são a personificação de alguns ideais para a nossa humanidade. Entre eles, estão amizade, igualdade, paz, respeito mútuo, união entre povos e até mesmo reconciliação.
Aliás, esses mesmos ideais motivaram a criação dos primeiros Jogos Olímpicos, lááá no século IX aC. Hoje em dia, o evento faz com que até mesmo nações divididas se unam para defender uma única bandeira.
Claro que os Jogos, por si só, não resolvem os problemas que existem no mundo. Mesmo assim, o evento serve como a vitrine de um exemplo a ser seguido. E isso é algo pelo qual vale a pena lutar todos os dias!
Quais as razões para estimular a união entre povos desde cedo?
Durante a adolescência, algumas pessoas têm oportunidade de ir para fora do país e fazer um intercâmbio cultural. Há também aqueles que, na vida adulta, vão para o exterior a trabalho ou para passar as férias.
Além disso, muitas faculdades aqui no Brasil costumam receber estudantes estrangeiros. Seja qual for o caso, a convivência é mais fácil para aqueles que sabem encontrar os pontos em comum com quem é, aparentemente, diferente.
Na verdade, assimilar as diferenças que existem entre as pessoas é uma excelente forma de aprendizado. Por isso, conheça a seguir alguns livros que ajudam a criar nas crianças a noção de união entre povos.
1. Promover igualdades raciais, de gênero, entre outras
Para passar uma mensagem grandiosa, poucas imagens podem ser até mesmo mais eficazes do que usar uma porção de palavras. Isso inclui as mensagens de união, além de igualdade racial e de gênero.
É isso que Semíramis Paterno consegue fazer em A cor da vida. Aqui, um menino loiro e uma menina negra se conhecem enquanto passeiam com suas mães. O livro tem um final surpreendente para as duas mães e crianças.
2. Facilitar a transposição de diversas barreiras sociais
Vários povos ao longo da história vieram com explicações particulares para a origem dos elementos que constituem o nosso mundo: o homem, a mulher, a morte, o vento, o mar, os sentimentos, e por aí vai…
Em Contos de Olófi, Teresa Cárdenas traz uma antologia que envolve desde o folclore até a literatura contemporânea. Aqui, vemos como os temas universais ultrapassam as barreiras impostas pelas crenças, raças e ideologias políticas.
3. Ampliar o conhecimento de todos
Por falar na busca de diferentes povos para explicar o mundo, Cordel da Terra e do céu traz a visão dos chineses, indianos, gregos, entre outros. Cada um contribuiu de uma forma para mostrar como a nossa Terra é redonda e azul.
Em forma de cordel, Simone de Pádua Thomaz e Fábio Sombra falam sobre a busca da humanidade pelo conhecimento. As ilustrações cativantes do livro mostram uma história grandiosa de forma simples e eficaz.
4. Mostrar como as nossas diferenças podem nos aproximar
Em um tempo em que todo mundo está cada vez mais distante, a reaproximação se torna algo urgente. Por incrível que pareça, tem vezes que é justamente a diferença entre as pessoas que promove a união entre os povos.
Em Minha princesa africana, Márcio Vassalo conta como as cartas, os telegramas e o telefone o aproximaram de sua amada. A propósito, a princesa do título é angolana, branquela e tem um sotaque português.
5. Apontar o que os povos do mundo têm em comum
Até mesmo seres inanimados, como as estrelas, as águas e as montanhas, podem proporcionar uma volta ao mundo. Afinal, esses elementos podem ser vistos em todos os cantos do planeta e, de certa forma, nos unem.
Com uma linguagem delicada e poética, O rio dos gigantes de cabeça branca, de Elza Sallut, fala sobre um rio que sonhava em desaguar no oceano. A narrativa traz lições importantes, tanto de solidariedade como de superação.
6. Estimular a força de vontade e a perseverança
Às vezes, força de vontade e perseverança são tudo o que precisamos para aproximar as pessoas. Em Pé de ponte, de Semíramis Paterno nos mostra mais uma vez como imagens são capazes de transmitir mensagens valiosas.
Aqui, testemunhamos a dificuldade de comunicação entre um menino e uma menina. O livro nos mostra que a distância pode ser apenas uma questão de não sabermos enxergar todas as possibilidades que a vida oferece.
7. Relembrar que todos vivemos em um só mundo
Com seus traços expressivos e cores marcantes, Regina Rennó nos convida para uma embarcação muito especial. Por meio exclusivamente de imagens, Terra mãe começa mostrando crianças que partem da costa brasileira.
Aos poucos, a fileira de barcos gigantes de papel vai somando crianças portuguesas, africanas, australianas etc. Juntas, elas usam as bandeiras de seus países para formar um lindo coração.
Aproveite os Jogos Olímpicos para refletir sobre a união entre povos
Você também se empolga ao acompanhar as olimpíadas? Afinal, o evento exibe a grandeza da capacidade humana. Por outro lado, também é uma oportunidade para refletir sobre a humildade.
Pense como essa é uma ocasião para mostrar que todos nós fazemos parte de algo maior. Já imaginou como seria sem graça uma competição que só tem pessoas de um canto do planeta?
O legal das olimpíadas é justamente todo mundo poder participar. Cada atleta vem de uma parte do mundo, mas, na Vila Olímpica, todos praticamente dividem o mesmo teto e devem respeitar as mesmas regras.
Quando o foco é no esporte, todos são neutros. Nessas duas semanas, nos esquecemos das nossas diferenças políticas, religiosas, de ideologia… Quem nos dera que fosse assim o tempo todo, não é?
Além da união entre povos, os livros podem abordar temas como a amizade, a prática de esportes e as diversas culturas ao redor do mundo. Entre em contato conosco e, juntos, vamos selecionar as melhores obras para um plano literário.