Neste domingo, comemoramos o Dia das Mães. Deixe-me adivinhar: você está nesta página atrás de inspiração. Se, assim como nós, a sua mãe ama literatura, você está no lugar certo!
Claro, os dias das mães são todos do ano. Afinal, elas nunca deixam de exercer seu afeto e cuidado. Isso vale, inclusive, para aquelas que têm filhos adultos e estão à distância neste momento.
A figura materna também pode ser incorporada pelo pai, bem como os avós, os tios e os irmãos mais velhos. Eles também merecem uma homenagem, não concorda?
Por que presentear com literatura no Dia das Mães?
A verdade é que, quanto mais uma pessoa é especial para a gente, mais difícil fica para demonstrarmos nosso carinho. Quando se trata da mãe, então, qualquer lembrança parece pequena.
Usar as palavras é sempre uma ótima forma de expressar o quanto pensamos em alguém. Por isso, presentear com literatura nunca sai de moda e quase sempre é ideia à prova de falhas.
Os livros possibilitam compartilhar de experiências. Em vez de um cartão, você pode escrever uma dedicatória em seu interior. Além de palavras, as obras possuem ilustrações feitas com carinho e têm estilos variados.
Isso estimula as pessoas que têm esses livros em casa a retornarem a eles de tempos em tempos. Ou seja, eles se tornam uma lembrança constante daquela pessoa que os escolheu para dar de presente.
Para te ajudar, selecionamos aqui alguns livros. De uma forma ou outra, eles evidenciam a fonte de amor inesgotável inerente às mães. São também uma grande forma de inspirar filhos que querem homenageá-las. Confira!
Mães de todas as espécies
Será que o chamado “instinto materno” existe? O reino animal está repleto de exemplos de mães com um impulso protetor feroz. Trata-se de uma programação biológica que visa a preservação da espécie.
Demais, escrito por Tino Freitas e ilustrado por Lúcia Brandão, é um livro direcionado à primeira infância. Ou seja, a obra promove uma introdução a conceitos básicos da literatura e da vida.
No entanto, a beleza que vemos em Demais pode ser facilmente apreciada por pessoas de todas as idades. As ilustrações retratam as relações entre as mães e os filhotes de várias espécies de animais.
Afinal, “seja onde for, de maneiras diferentes, seja bicho, seja gente, incondicionalmente, pais e mães amam seus filhotes, filhotes amam suas mães e seus pais. Demais!”
A mãe que é a mediadora da casa
Você já brigou com alguém em sua casa e chamou sua mãe para resolver o conflito? Prosseguindo com as atribuições dadas à mamãe, você provavelmente já ouviu que ela é “a rainha do lar’.
Para quem gosta de histórias divertidas, uma boa pedida são os livros que compilam os quadrinhos criados por João Marcos. Neles, você conhecerá Mendelévio e Telúria, irmãos bastante parecidos com muitos da vida real.
Ou seja, eles vivem implicando um com o outro, mas são inseparáveis. É possível encontrá-los em livros como Pra que tomar banho?, Amarra meu cadarço?, Histórias tão pequenas de nós dois e Três é demais.
Em boa parte das histórias, a mãe aparece como a pessoa que disciplina, medeia os desentendimentos e coloca ordem na casa. Com certeza, ela se parece com a sua mãe ou a de alguém que você conhece.
Uma mãe dividida, um amor por inteiro
Mesmo após uma separação, é fundamental que pai e mãe tenham um relacionamento saudável. Afinal, ambos são responsáveis pelo bem-estar e pela formação emocional dos filhos.
Pai para um lado, mãe para o outro. No entanto, o amor é um só. Em forma de poesia, escrita por Roseana Murray, Duas casas conta a história de irmãos que se veem frente às mudanças que uma vida dividida traz.
Sim, essa é uma história sobre separação e como isso afeta os filhos. Com o tempo, os irmãos aprendem a amarrar os elementos que unem as duas casas. É isso que facilita a adaptação à nova realidade.
Mestre em transformar poesia em imagem e vice-versa, a saudosa Elvira Vigna é a responsável pelas ilustrações belíssimas que vemos na obra.
A mãe guerreira
São muitas as mães que vemos por aí que fazem uma jornada dupla ou, às vezes, tripla. São aquelas que acabam assumindo a função de cuidar dos filhos, da casa, do marido… Para completar, muitas ainda trabalham fora.
Se procura um livro que retrate dessa força da mulher, você precisa conhecer Metade pai metade mundo. Que título é esse? A homenagem não era para as mães?
O livro conta a história de uma família que morava em um sítio se muda para Copacabana. Dona Armelinda, antes sem voz e totalmente dedicada aos afazeres domésticos, começa a trabalhar nas casas da região.
Com os problemas de saúde do pai, ela toma para si e passa a acumular uma série de responsabilidades. Dona Armelinda é, como é comum dizer, uma “mulher guerreira”. Escrito por Rosa Amanda Strausz e ilustrado por Edusá.
Quando a mãe é quem homenageia o filho
A ordem da natureza é que os filhos enterrem seus pais. Quando esse ciclo é interrompido, a dor da mãe é incalculável. Na verdade, essa é provavelmente a experiência mais dramática pela qual um ser humano pode passar.
Em Como natureza, Fábio Monteiro conta a história de uma criança que vê a vida de forma simples. Joaquim guarda o segredo da vida e sonha em ter uma semente no umbigo, que brotaria e viraria árvore.
A mãe se entristece e fica cada vez mais preocupada, à medida que o estado da saúde de Joaquim de agrava. Isso fez com que o pai fosse embora para sempre.
Um dia, o desejo de Joaquim se realiza. Com isso, a mãe planta uma semente e passa a visitar a árvore todas as tardes. Quem dá um estilo cheio de ternura, e, porque não dizer, maternal à obra é a ilustradora Elizabeth Teixeira.
Certamente, uma ou mais sugestões que você viu aqui são ótimas para sua mãe ou você mesmo(a) em qualquer época do ano. Aproveite a data para inspirar-se e deixar-se encantar!