Brincadeira para uns, assunto sério para outros, o futebol de botão esteve e está presente em diversas gerações. O público tem ficado cada vez mais restrito, mas ainda tem muita gente que não o deixa ser esquecido.
Embora pareça uma brincadeira boba à primeira vista, saiba que a competição envolve técnicas de precisão e força, além de muita estratégia. Na verdade, quem leva a sério usa esquemas táticos bem sofisticados.
É preciso ter habilidade para os chutes a gol, passes, tiradas e controles de bola. Assim, o futebol de botão desenvolve reflexo, coordenação motora e raciocínio.
As regras lembram muito as do “futebol de gente”, com algumas particularidades. Neste post, veja quais são e fique craque no assunto!
O que é preciso para jogar futebol de botão?
Dá para brincar em um chão liso ou na mesa da copa. Porém os jogos sérios precisam de uma mesa própria, de fórmica, com um desenho que imita um campo de futebol.
As peças de acrílico, redondas e numeradas, são os botões que representam os jogadores. Esses botões devem ter diâmetros entre 35 e 60 milímetros, com altura máxima de um centímetro. Eles não podem ser de metal ou vidro.
Os botonistas (assim são chamados os atletas) fazem suas jogadas com a ajuda de uma paleta redonda. O objetivo é jogar uma bolinha de feltro, um dadinho minúsculo ou disco de plástico no gol adversário.
O ideal é manter a posse de bola por mais tempo. Além disso, é bom concentrar mais botões na defesa, e essas peças devem ser mais largas. Outra técnica de defesa comum é colocar o goleiro mais afastado do gol.
Da invenção aos dias atuais
A origem do futebol de mesa (ou futmesa) é incerta. Tudo indica que a modalidade surgiu no Pará, lá pelos anos 1920. A invenção é atribuída a Geraldo Cardoso Décourt, que usava botões de calça, feitos de madeira.
Décourt também organizava e divulgava eventos de futebol de botão. Ainda assim, a modalidade só se popularizou por todo o Brasil depois de chegar ao Rio de Janeiro, cerca de uma década depois.
Com o tempo, os botões de ternos e as capas de relógios passaram a representar os jogadores. Ah sim, para os goleiros, usava-se caixas de fósforos, como muitos ainda fazem hoje em dia.
Somente na década de 1950 surgiram os botões fabricados especialmente para o jogo, com escudos dos times e até fotos dos jogadores famosos.
Desde 1988, a modalidade é reconhecida como um esporte de salão. Aliás, vem dessa época o Campeonato Brasileiro Individual de Futebol de Mesa, com os melhores de cada Estado.
Os jogadores se classificam para o torneio por meio das cotas, que são distribuídas às federações estaduais. O órgão que regula o esporte é a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM).
As várias modalidades de futebol de botão
Normalmente, as partidas duram 20 minutos, divididos em dois tempos de dez, com direito a um intervalo entre eles.
Na chamada “regra baiana”, há duas vertentes: os botões podem ter a parte inferior lisa ou oca. A vez de jogar muda a cada três toques ou se a bola encostar em um botão rival.
De acordo com a “regra paulista”, o jogador que estiver com a posse da bola tem direito a 12 toques, com limite de três para cada botão. Entre esses toques, é obrigatório que haja um chute a gol.
A “regra carioca” contém praticamente todas as regras do futebol de campo, inclusive, o impedimento. As partidas duram 40 minutos, divididos em dois tempos de 20. Para os campeonatos, formam-se times de quatro pessoas.
Você joga(va) futebol de botão? Costuma(va) usar essas regras ou alguma outra? Use a caixinha de comentários aí abaixo e me conte!