No dia 30 de março de 2021 foi lançado o livro infantil Gato, sapato, bicho do mato.
O GATO, O LEÃO, O CACHORRO E VÁRIOS OUTROS BICHOS NÃO QUERIAM MAIS SER APENAS ANIMAIS:
O MACACO SIMÃO,
MUITO COMILÃO,
FEZ UMA PLANTAÇÃO
DE BANANA E MAMÃO…
MAS HOUVE UMA GRANDE CONFUSÃO E MUITA AFLIÇÃO. O QUE TERIA ACONTECIDO? ENTRE NESTA HISTÓRIA E DESCUBRA COMO TUDO ACABOU.
No lançamento do livro, houve uma live no Instagram com a esritora Maria Angela de Faria Resende e a ilustradora Denise Rochael. Lourdinha Mendes e Clarisse Bruno, do Grupo Editorial Lê, também participaram do encontro. Confira como foi.
Conheça o livro Gato, sapato, bicho do mato
Com versos e rimas, Gato, sapato, bicho do mato conta a história de bichos que queriam ser gente, com direito a roupas, sapatos, prédios e carros. No fim, eles sentem falta da essência animal e voltam a ser o que eram.
Maria Angela revela que a base para o livro veio do ritmo e das rimas das parlendas antigas, além das histórias e ditados populares.
Para falar a verdade, ela conta que foi ainda mais longe buscar inspiração. Até mesmo as fábulas da Grécia e Roma antigas, como as de Fedro e Esopo, influenciaram na obra.
Logo na introdução do livro, a autora manda um recado para os bisnetos: “Cultivem as coisas simples, singelas, delicadas, bem-humoradas e gentis que nos rodeiam.”
Devido à paixão pelos bichos, Denise Rochael conta que é sempre chamada para desenhar livros sobre animais. Como toda artista, ela adora ter liberdade para criar. Com Gato, sapato, bicho do mato, não foi diferente.
Para o livro, Denise usou tinta e lápis de cor, com traços que aproximam os desenhos daqueles feitos por crianças. Bem, você pode conferir um pouco do resultado nas imagens que ilustram este post.
Conheça a autora de Gato, sapato, bicho do mato
Para falar sobre sua fonte de inspiração, Maria Angela cita Camões, trocando a palavra “dói” por “ilumina”: “Inspiração é um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como e ilumina não sei porquê”.
Ela recorda que, quando era criança, costumava escrever sobre as coisas que queria contar às pessoas. Isso ia desde uma frase bonita até uma palavra que a havia impressionado.
Os cadernos que guardava com suas composições duraram até a vida adulta. “Era uma espécie de conversa comigo mesma”, diz.
Mais tarde, passou a escrever e desenhar histórias para os netos, sem a intenção de publicá-las.
A autora compara a leitura com um diálogo entre o leitor e o texto. Dessa forma, surge a oportunidade de ver o mundo pelo olhar do outro. Ela também acredita que a leitura desenvolve o raciocínio, a criatividade e o conhecimento.
Para Maria Angela, “a leitura amplia o universo social, afetivo e intelectual da criança”. Outros livros escritos por ela são A história de Guiomar e A pipa amarela.
Conheça a ilustradora de Gato, sapato, bicho do mato
“Quando a arte te escolhe, você não tem escapatória. Tudo que você faz é buscar beleza, a cor, a forma…” Essas são palavras de Denise Rochael, ilustradora de Gato, sapato, bicho do mato.
A artista conta também que, quando gosta muito de uma coisa, precisa representá-la: “Eu preciso fazer arte, desenhar e dar formas para o meu amor, meu carinho e meu medo.”
Denise lembra ainda de quando começou a tomar gosto pela arte: “Um dos primeiros brinquedos que eu descobri foi o desenho. As cores, as formas e as histórias são mágicas. Que bom brincar enquanto a gente trabalha!”
No entanto, as ilustrações de Denise não envolvem apenas os animais “fofinhos”. Também as cobras, lagartas e baratas. Ela acredita que a arte é capaz de dar beleza a esses bichos.
Além de desenhar, Denise Rochael é escritora. Em suas histórias, quase sempre fala sobre seu amor pelos seres vivos.
Ela prega que cada pedaço do planeta merece o mesmo amor e cuidado que queremos para nós e as pessoas que amamos. Entre seus livros, estão Isso, qualquer criança faz! e Cada um no seu lugar.
Livro fruto de uma parceria de sucesso!
Não é a primeira vez que Maria Angela Faria de Resende e Denise Rochael trabalham juntas. A parceria entre as duas começou com o livro Bob.
Maria Angela usa a palavra “primorosa” para descrever o trabalho da colega. Tanto que se sente como se Denise tivesse escrito o livro junto com ela.
“Dessa vez, ela se superou. Fiquei encantada, emocionada mesmo, com a leitura que ela fez do meu texto. Ela entrou no clima da narrativa, da brincadeira, da leveza e do humor que eu tentei passar nesse livro”, declara.