A literatura de qualidade é aquela que convida o leitor a participar ativamente. É isso que torna a leitura em algo essencial para a formação humana. Você concorda?
Os personagens de um livro são ótimos companheiros. As palavras têm a capacidade de fazer uma pessoa se sentir inserida em lugares que, dificilmente, conheceria de outra forma.
O 7 de janeiro é uma data que reconhece a importância e incentiva todo leitor brasileiro. Essa homenagem é necessária!
Afinal, a leitura desperta a curiosidade, desenvolve a interpretação, a comunicação e as inteligências cognitivas e emocionais do indivíduo. Essas são qualidades cada vez mais necessárias em nossa sociedade.
Como surgiu o Dia Nacional do Leitor?
Em 7 de janeiro de 1928, foi fundado o jornal cearense O Povo. Esse foi um instrumento importante para instruir a população com pouca escolaridade sobre a política nacional.
Além disso, denunciou vários casos de corrupção e outros escândalos políticos. O primeiro editorial de O Povo tinha o seguinte trecho:
“É no jornal que o povo encontra o seu pão espiritual de cada dia. O jornal descortina-lhe o mundo, vencendo distâncias. É a lanterna mágica do progresso. É a força propulsora e condutora das massas insatisfeitas.”
O fundador da publicação foi o poeta, jornalista, telegrafista e deputado federal Demócrito Rocha.
Logo no segundo ano de atividade, o jornal ganhou o suplemento literário Maracajá. Esse era o principal espaço para a divulgação de poetas e intelectuais do modernismo cearense.
Nele, Demócrito Rocha publicava os próprios poemas, sob o pseudônimo de Antônio Garrido. Mesmo sem publicar nenhum livro, sua contribuição para a literatura lhe rendeu um posto na Academia Cearense de Letras.
“O Rio Jaguaribe é uma artéria aberta
por onde escorre
e se perde
o sangue do Ceará.
O mar não se tinge de vermelho
porque o sangue do Ceará
é azul…”
Assim começa Rio Jaguaribe, um dos poemas mais consagrados de Demócrito Rocha.
Perceba como essa primeira estrofe já evidencia aquilo que eu falei lá no início do texto: as palavras têm a capacidade de nos fazer sentir em lugares que, de outra forma, talvez nunca conheceríamos.
Retrato leitor do Brasil
Uma das poucas notícias boas que a pandemia trouxe foi a de que, em relação ao ano anterior, 2021 teve um aumento de 33% na venda de livros. Os dados são do Painel do Varejo de Livros no Brasil.
Claro, ainda falta muito para chegarmos a um patamar satisfatório. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de analfabetismo entre jovens e adultos no país vem caindo, mas ainda é alta: 7%.
São quase 12 milhões de brasileiros que não sabem sequer ler e escrever! Menor ainda é o número de pessoas que podemos considerar como leitores, efetivamente. Ou seja, pessoas com um interesse genuíno pela literatura.
É importante observar ainda que, dificilmente, uma pessoa nasce apaixonada pela leitura.
O mais comum é que o hábito se desenvolva ao longo dos anos. Por isso, é necessário que as influências positivas sejam constantes e os caminhos oferecidos às crianças comecem o quanto antes.
Com o tempo, os amantes de literatura passam a buscar leituras mais complexas. Normalmente, isso ocorre de maneira inconsciente.
Para transformar o aluno em um leitor ativo
Intercomponentes curriculares para a obra Meninos da planície
Kátia Chiaradia é referência no campo do trabalho da literatura na escola. Além de conversar sobre as características literárias, ela apresenta propostas de trabalho de sucesso, usando o livro como base.
Da leitura de mundo ao mundo da leitura: a palavra em movimento
Sandra Bittencourt transita pelo mundo das obras literárias e da palavra, como um todo. Além de escritora, ela é contadora de histórias e especialista em ensino especial, arte educação e ludopedagogia.
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