A imaginação dá às crianças uma capacidade incrível, que é a de concretizar o mundo subjetivo. O livro Se…, fruto de uma parceria entre Alessandra Pontes Roscoe e Biry Sarkis, exercita esse dom que elas têm.
Nessa deliciosa narrativa, o eu lírico é representado por um menino sem nome. Com seus desejos, cheios de bons propósitos, ele propõe trocas para criar um mundo diferente.
Entre suas invenções, estão as máquinas que refrescam o calor, esquentam o frio, preenchem os vazios e criam a alegria. Além disso, ele deseja desinventar a dor, a chatice e a maldade.
A inspiração para a obra veio justamente da observação da autora sobre os mundos inventados que existem nas brincadeiras.
Se… eu soubesse que livro é esse
“Se… eu fosse inventor.
Ah, quanta coisa eu inventaria.
A imaginação me levaria, sem eira nem beira, para ser feliz de toda maneira.
Vamos brincar de inventar para toda tristeza uma alegria?”
Essa é só uma demonstração das frases curtas, divertidas, delicadas, poéticas e rimadas de Se…
O livro também é composto por ilustrações lindas e significativas. Ah, você quer experimentar um pouquinho mais do encanto? Então, confira o vídeo abaixo.
Conheça a escritora
Alessandra Pontes Roscoe é a responsável pela doçura do texto. Ela adora inventar histórias e trabalhar com as infâncias, “aquela que a gente carrega por dentro e a da criança que está vivendo agora aquele momento”.
Hoje, vive da literatura e para a literatura. Além de escritora, ela é jornalista e coordenadora do Uniduniler todas as letras. Esse é um projeto que leva leituras, livros e afetos a locais onde eles nem sempre chegam.
Seu primeiro contato com esse universo veio das histórias que seus pais, avós e tios contavam. Ah, aqui vai uma curiosidade: Alessandra adora escrever cartas. Sim, aquelas de papel!
“Confesso que queria mesmo era ver algumas das invenções deste livro no mundo real!” No vídeo abaixo, conheça a autora.
Conheça o ilustrador
Um texto poético combina com imagens poéticas, não é? Pois as ilustrações de Se… são de Biry Sarkis, artista do Sul de Minas. “Biry” é um apelido que vem de Birigui, personagem que ele criou faz tempo. Já o Sarkis é dele mesmo.
Ele é um desenhista autodidata. Ou seja, aprendeu a “desenhar, desenhando”. O artista conta que só foi ter contato com a literatura infantil quando já era crescido, continua aprendendo a desenhar e não deseja parar nunca.
Além de obras infantis, Biry ilustra revistas, livros didáticos e mais uma porção de histórias. “Então, também sou um inventor (obá)! e quero continuar inventando…” Assista à entrevista que fizemos com ele.
Se… adultos tivessem a imaginação das crianças
O livro foi escrito antes da pandemia. Ainda assim, saiu oportunamente no momento em que todos precisaram se afastar das pessoas que amam. Com isso, foi necessário a ressignificação e a invenção de novos mundos.
Adultos também precisam se apropriar da capacidade de imaginar. Por isso, fazemos aqui um convite para que todos façam uma viagem à infância e entrem nesse mundo feito de magia e fantasia.
E você, se fosse inventor ou inventora, o que criaria? Cadastre-se no Portal do educador e leia Se… de cabo a rabo. Com ele pertinho do coração, certamente, crianças e adultos saberão continuar a história!