Quase todos os problemas do mundo podem ser evitados se forem cortados na raiz. Você deve concordar que é necessário falar com os adolescentes sobre o bulllying, certo? Então, te convido a conhecer 74 dias para o fim.
No Brasil e no mundo inteiro, são vários os casos de jovens que provocam os mais vulneráveis apenas por não compreenderem aquilo que foge do padrão. Quer dizer, o que é considerado como “padrão” aos olhos deles.
“Ah, mas é só uma brincadeira.” Saiba que situações que parecem bobas, “coisa de adolescente”, são capazes de marcar para sempre a vida de uma pessoa.
As vítimas, por sua vez, podem se sentir tão isoladas e enfraquecidas que não encontram forças para reagir, exigir explicações ou desculpas dos agressores.
Como o bullying acontece no livro 74 dias para o fim?
Os abusos podem acontecer de várias formas. Atualmente, há campanhas de vários grupos que buscam conscientizar sobre as formas de agressão direcionadas a grupos específicos:
Gordofobia, homofobia, racismo, sexismo, xenofobia e até mesmo preconceito linguístico. Ainda assim, um simples esbarrão pode ser o início de tudo.
“Virei para trás, tentando entender por que Ricardo tinha feito aquilo. Mas antes de completar o movimento, senti outro tranco inesperado. Dessa vez, vindo do lado direito e que quase me fez cair. De costas, reconheci o novo agressor. ‘Mas o que deu nesses caras?’, me perguntei, ainda confuso, no exato momento em que o terceiro vinha para cima de mim.”
Esse relato, tirado do livro 74 dias para o fim, é de Valdir. Ele é um rapaz de 16 anos que, de uma hora para outra, recebe o apelido de “Ameba” (e seus variantes). A partir daí, passa a ser alvo constante dos colegas.
Ele não entende o porquê de ter sido o escolhido. Como autodefesa, ele até tenta entrar na brincadeira, mas, no fundo, sofre bastante. A história trata dos conflitos adolescentes e a forma como a cultura digital afeta suas vidas.
O título “74 dias para o fim” faz referência à expectativa pelo fim do ano letivo. Valdir conta os dias para, finalmente, se ver livre do tormento que é ter que ir para a escola. O dia da formatura, no entanto, revela algumas surpresas…
Importância de obras como 74 dias para o fim na escola
Geralmente, o primeiro passo da autora Angélica Lopes para desenvolver um livro é pensar no tema que quer abordar. No caso de 74 dias para o fim, o bullying.
A dedicatória sinaliza que a história é baseada em uma experiência pessoal: “Àquela menina alta e loura, que me deu o primeiro esbarrão. À Sonia, que agiu no mesmo dia. À Maria Clara, que não deixou que o fato se repetisse.”
O livro traz um tema importante de se abordar em sala de aula e foi selecionado para o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD).
Esse é um programa do Governo Federal que elege os livros que serão distribuídos para escolas de todo o país. No vídeo abaixo, acompanhe algumas sugestões de como trabalha-lo com turmas do 8° e 9° ano.
Reconhecimento no Brasil e no mundo
O livro foi um dos cinco brasileiros selecionados em 2015 para o catálogo White Ravens, da Biblioteca Internacional da Juventude de Munique. A publicação revela os títulos que mais se destacaram no ano em todo o mundo.
Além disso, fez parte do catálogo da Feira de Bolonha, na Itália. Esse evento ocorre anualmente e é o maior do mundo no segmento de literatura infantojuvenil. Ainda assim, Angélica Lopes revela seu “desejo secreto”:
“Que ele vá ainda mais longe e seja traduzido para a China, para a Islândia, para o Azerbaijão, que chegue ao maior número de leitores possível. Afinal, é para isso que a gente escreve. Para sermos lidos.”
No Grupo Lê, são vários os títulos que abordam temas relevantes para nossos jovens e crianças. Você quer que eles tenham contado com obras como 74 dias para o fim? Clique na imagem e confira a última edição do nosso catálogo.