A Base Nacional Comum Curricular estabelece habilidades, atitudes e valores que o estudante deve ter. Mas será que é possível usar livros literários para trabalhar essas competências da BNCC?
Bem, sabemos que a Literatura é um ótimo meio de envolver a turma nos conteúdos que fazem parte do currículo. E o que é melhor: de forma leve e, muitas vezes, lúdica.
Enquanto lê, o aluno se identifica com histórias, personagens, cenários, informações, sentimentos e emoções presentes nas obras. Isso faz com que o aprendizado tenha mais significado e assimilação em sua vida.
Abaixo, vamos relembrar quais são as 10 competências gerais, com indicações de títulos que se encaixam em cada uma delas. Vale ainda lembrar que os livros podem contemplar múltiplas competências da BNCC. Confira.
1. Conhecimento
Além de entender os conhecimentos construídos ao longo da história, é importante saber como usá-los para explicar o mundo ao redor e melhorá-lo.
Contos de Olófi
Contos sobre a origem do mundo e as coisas que o constituem, trazendo elementos da religião, das raças e das ideologias políticas da cultura universal.
Cordel da Terra e do céu
A busca humana para compreender os céus, a Terra, o universo, contada em forma de cordel. Ao longo da História, cada povo apresentou suas conclusões.
Onde a palavra abre os olhos
Um hino de amor ao livro, contando sua trajetória: o início da criação do texto, o trabalho dos diversos profissionais até o livro pronto, nas mãos do leitor.
2. Pensamento científico, crítico e criativo
Quando uma pessoa é curiosa, ela investiga causas, elabora e testa hipóteses, formula e resolve problemas. Assim, cria soluções, inclusive, tecnológicas.
E a luz se fez…
Biografia ficcional sobre os irmãos Lumière, que, com o cinematógrafo, colocaram imagens em movimento. A amizade era o que os impulsionava.
Estraladabão-tão-tão, o trovão
Letícia tem medo de trovões e relâmpagos. A mãe explica sobre esses fenômenos e, os poucos, a menina começa a compreendê-los e respeitá-los.
Olá, girafa!
O patinho nunca viu uma girafa na vida e quer muito conhecer uma. Cada um que encontra dá uma descrição diferente e ele vai juntando pistas que recebe.
3. Repertório cultural
Usufruir e participar das diversas manifestações artísticas que existem não só no Brasil, como ao redor do mundo. É preciso entender o valor de cada uma.
Havia um menino com um buraco no dente
No dentista, um menino abre a boca, fecha os olhos e viaja para o mundo da imaginação, com personagens e elementos populares do Brasil e do mundo.
O jardim de pipocas
Uma avó conta aos netos sobre traços culturais, lendas e mistérios da ancestralidade africana, fazendo com que percebam a magia contida nelas.
Sete histórias de pescaria do seu Vivinho
“Causos” de pescador contados no formato moderno das histórias em quadrinhos, mas com as métricas, rimas e xilogravuras da literatura de cordel.
4. Comunicação
É importante saber usar as linguagens artística, matemática e científica. Com isso, estar apto a compartilhar informações, experiências, ideias e sentimentos.
Certidão de nascimento poético
Ilustrações em um estilo único que enche os olhos. Poesias inspiradas nos diversos tipos de nomes que temos no Brasil. Tudo para ampliar os sentidos.
Contos ortográficos
Todos os dias, mudanças surgem em nossas vidas. É o que vemos nos contos com os moradores da Cidade Ortográfica, inspirados na reforma de 2009.
O que nos faz humanos
Enigma composto de texto e ilustrações com o objetivo de respeitar e valorizar as línguas e culturas ao redor do mundo, bem como os povos por trás delas.
5. Cultura digital
É preciso ter protagonismo e autonomia em relação às tecnologias digitais. Usar a comunicação e o acesso de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
Diário da peste
Um rapaz vive a ansiedade e os medos da adolescência. Como pano de fundo, notícias nas redes sobre a covid-19, envoltas em muita polarização política.
O Mão de Veludo
Dois adolescentes pesquisam em jornais, centros de documentação e sedes antigas do DOPS o paradeiro de uma pessoa desaparecida desde a ditadura.
Reconexão
É preciso ter cuidado com a tecnologia e as redes sociais. Nos lares, o risco se alastra no silêncio das luzinhas hipnóticas dos celulares e computadores.
6. Trabalho e projeto de vida
Ainda cedo, é preciso entender e valorizar os diferentes saberes e vivências culturais. Com isso, tornar-se capaz de fazer as melhores escolhas de vida.
Maria Carla & Josefina
Uma lembrança da fábula A cigarra e a formiga. No entanto, os acontecimentos dessa história nos levam a refletir sobre o valor da profissão de cada um.
Para ser Bernardo
O cotidiano de um adolescente em casa e na escola, cheio de aprendizagens nas aulas de teatro e cobranças da família a respeito da escolha da profissão.
Ulisses sabe escolher
Desde bebê, a família já imaginava para Ulisses todo tipo de profissão. Todos queriam escolher por ele, mas ele só queria brincar e experimentar o mundo.
7. Argumentação
Ter embasamento para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões. Tudo isso sempre respeitando e promovendo princípios éticos.
O colecionador de infinitos
Um menino possui uma coleção enorme. Tão grande, mas tão grande, que não cabe em qualquer lugar e ele não se importa quando perde algumas peças.
O que eu sou pra você?
Uma menina pergunta a cada pessoa e animal o que representa para eles, ou seja, como a veem. Depois, sugere ao leitor que faça as mesmas indagações.
Para o Seu Almeida, com um abraço!
Três amigas transformam a vida de um grande arruaceiro e sem educação com um plano que só poderia vir da inocência infantil. Por isso mesmo, é tão eficaz.
8. Autoconhecimento e autocuidado
Ser capaz de se conhecer e se compreender de forma crítica. Cuidar da própria saúde física e emocional e saber se apreciar dentro da diversidade humana.
A menina que matou o gato
Sem querer, uma menina mata o gato que tanto ama. Com isso, entra em luto e autopunição, algo percebido pela professora, pela mãe e pela bibliotecária.
Cabeça fria é que faz gol!
Um livro cheio de informações, que professores e alunos podem usar para debater sobre o que fazer antes, durante e depois de praticar qualquer esporte.
Essa dor tem outro nome
Aos poucos, uma menina descobre que as dores que sente por todo o corpo são medo, tristeza, raiva, falta de apetite. Até que um dia, adoece de verdade.
9. Empatia e cooperação
Saber exercitar o diálogo e a resolução de conflitos. Com isso, promover o respeito à diversidade e aos direitos humanos, além de fazer-se respeitar.
Zaime
Intercalando entre presente e passado, conhecemos uma mãe que adota uma criança ainda bebê. Anos depois, tem Alzheimer e a filha, já adulta, a “adota”.
Prendedores
Sem julgamentos, o pai respeita a individualidade e enxerga o filho em sua plenitude. Todos nós precisamos de uma paternidade acolhedora como essa.
A menina e o camaleão
Uma pergunta é ponto de partida para uma conversa sobre identidade, cores e diferenças. É também um convite para a conscientização das próprias origens.
10. Responsabilidade e cidadania
Atuar de forma autônoma, flexível e determinada. As atitudes devem ter base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Ainda uma flor resta
Em um futuro distópico, a Amazônia é devastada e vira um deserto. A falta de ar puro faz com que cilindros de oxigênio se tornem um acessório de moda.
Aninhação
Um garoto nos conta sobre o porteiro do prédio onde mora. Ele planta árvores, alimenta e conversa com os passarinhos e tem nas mãos o segredo da vida.
Paz
Usando materiais de costura, o livro constrói metáforas sobre os significados da paz, revelando uma sensibilidade a respeito dos sentimentos humanos.
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