Os cinco campos de experiência da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dizem respeito ao primeiro contato com o conhecimento. Eles unem as experiências cotidianas da criança ao conhecimento formal.
Além de diversão, eles estimulam a compreensão do mundo ao redor. O objetivo é desenvolver as inteligências cognitiva e emocional da criança, que se tornará uma pessoa mais segura, sensível, perspicaz e autônoma.
A BNCC assegura alguns direitos de desenvolvimento e aprendizagem. São eles: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
Esses direitos são alcançados mais facilmente quando a escola se baseia nos campos de experiência da BNCC para desenvolver suas atividades. A seguir, conheça melhor cada um deles.
1. O eu, o outro e o nós
A criança deve entrar em contato com outros grupos socioculturais. O primeiro campo de experiência da BNCC trabalha identidade e subjetividade, com base nas interações com adultos e outras crianças, em casa e na escola.
Ao descobrir as diferenças entre modos de vida e pontos de vista, a criança vai formando a própria maneira de pensar, sentir e agir.
O aluno vai construindo percepções e questionamentos sobre os outros e sobre si. Ou seja, vai se diferenciando e se identificando enquanto um agente individual e social.
Conviver com as diferenças promove autoconhecimento, empatia, respeito ao próximo e combate ao preconceito. Além disso, a escola deve ajudar o aluno a desenvolver a autoimagem e a autoconfiança.
2. Corpo, gestos e movimentos
Desde que nasce, a criança já começa a aguçar os sentidos, explorando os objetos e o mundo ao redor. A corporeidade acontece nas expressões, brincadeiras e conhecimentos que ela produz sobre si, o outro e o ambiente.
O corpo também fala. A propósito, a linguagem corporal deve ser desenvolvida antes mesmo da verbal. Aqui, temos um campo de experiência da BNCC que desenvolve a percepção sobre os movimentos.
Esses movimentos, por sua vez, podem ser impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos. A coordenação motora pode ser desenvolvida em atividades que envolvem música, dança e teatro.
Além de conhecer melhor o próprio corpo, a criança passa a ter mais noção de posicionamento (dentro, fora, atrás, na frente etc.). Ao reconhecer seus limites, ela passa a cuidar de si com mais carinho e atenção, evitando acidentes.
3. Traços, sons, cores e formas
Esse campo de experiência da BNCC tem uma natureza cultural e desperta a criatividade, a sensibilidade e a expressão pessoal. Nele, o aluno passa a ter um contato mais próximo com a música e a linguagem visual.
O incentivo à arte e à produção cultural autônoma deve começar desde cedo. Ou seja, é importante que a criança não apenas conheça a cultura, mas também crie suas próprias artes.
O ideal é que ela seja exposta a diferentes formas de linguagem e expressão locais e universais, como instrumentos musicais, canções e festas tradicionais.
Isso inclui vertentes como pintura, desenho, escultura, fotografia, cinema, teatro e dança, entre outras manifestações artísticas, culturais e científicas.
É aqui também que começa o desenvolvimento de um senso estético e crítico. Assim, a criança começa a escolher aquilo mais lhe interessa.
4. Escuta, fala, pensamento e imaginação
O choro, o riso, o tato e o olhar são formas que a criança tem para se comunicar desde o dia em que nasce. Com o passar do tempo, ela desenvolve a linguagem, até que surgem as primeiras palavras.
Esse campo de experiência da BNCC é determinado pelo potencial genético e a influência exercida pelo meio. Ele evidencia a importância da linguagem para a compreensão dos acontecimentos ao redor e para a boa convivência.
O papel da escola é se aprofundar nas formas de linguagem orais e escritas e no compartilhamento de experiências. O objetivo é que a criança seja capaz de se comunicar com qualquer pessoa, em todas as situações do dia a dia.
É importante promover diálogos e brincadeiras em que a fala e a escuta têm grande influência na dinâmica. Essas atividades fazem a criança se perceber, ao mesmo tempo, única e pertencente ao grupo.
5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
O último campo de experiência da BNCC tem uma natureza socioambiental inclusiva. Nesse caso, o papel da escola é estimular a curiosidade sobre os universos físico e sociocultural.
Como você viu, a criança já mostra sua curiosidade pelo mundo físico, os formatos dos objetos e os fenômenos naturais desde o nascimento. Para que se transforme em conhecimento, essa curiosidade deve ser desenvolvida.
Aqui, as atividades são mais concretas e estão relacionadas à matemática e às ciências como um todo. Elas desenvolvem as noções de movimento, estabelecendo relações e transformações entre quantidade, espaço e tempo.
A escola aborda a ordem em que as atividades ocorrem. Consequentemente, a criança passa a ter uma noção melhor sobre a rotina e a cronologia dos acontecimentos fora da escola.
Campos de experiência da BNCC, da educação básica para a vida
Com planejamento e criatividade, é possível desenvolver atividades atraentes baseadas nos campos de experiência da BNCC.
À media que a criança aprende novas habilidades, ela se torna mais integrada à escola e à vida social. O mais importante é proporcionar um aprendizado capaz de desenvolver senso crítico e capacidade de se relacionar com o outro.
E agora, deu para entender melhor sobre os campos de experiência da BNCC? Confira sempre o site da Lê. Aqui, os conteúdos são atualizados diariamente e podem inspirar atividades criativas, lúdicas e divertidas.