Você acredita que é importante que as crianças se conscientizem sobre as próprias origens? Saiba que a literatura é um ótimo meio para que haja essa valorização por parte delas. Conheça o livro A menina e o camaleão.
Essa história começa há alguns anos, durante uma edição do Fliaraxá. Conversando com o escritor Leo Cunha, seu colega angolano José Eduardo Agualusa contou um caso ocorrido com a filha.
Ao ouvir a história, Leo Cunha logo pensou que aquilo poderia virar um livro para as crianças. Aliás, A menina e o camaleão é dedicado à Agualusa e sua filha, Vera Regina, que empresta o nome à protagonista.
Assim que escreveu o primeiro rascunho, o escritor convidou Rubem Filho para ilustrá-la. Na verdade, já fazia um tempinho que os dois planejavam uma parceria.
Acompanhe Regina nessa aventura
Regina está em um acampamento e resolve explorar o local um pouco. No caminho, ela encontra um bicho multicolorido, que a acha bonita. No entanto, ele fica confuso e questiona:
“– De que cor você é?”
A pergunta é o ponto de partida para uma conversa sobre as dúvidas que surgem de questões como identidade, as cores e as diferenças.
O diálogo que se desenrola leva os pequenos leitores à observação e à reflexão. É também um convite para que cada um exponha, com orgulho, as próprias raízes.
A escritora, pesquisadora e especialista em literatura infantojuvenil Ieda de Oliveira escreve na quarta capa de A menina e o camaleão: “Este é um livro pra ler, reler, abraçar, tornar a ler e se encantar…”
Leo Cunha completa: “Tomara que você curta também!” Rubem Filho, por sua vez, revela um desejo: “Espero ver um camaleão de verdade um dia desses.”
A história é conduzida com beleza, sensibilidade, delicadeza e poesia. As ilustrações vivificam o diálogo e nos impactam com tanta exuberância. Abaixo, assista ao book trailer.
Um pouquinho mais sobre os criadores de A menina e o camaleão
Leo Cunha é de Bocaiúva, Minas Gerais. Nasceu em 1966 e, com dois anos de idade, se mudou para Belo Horizonte. Há quase 30 anos, ele dedica sua vida à literatura.
Escreveu mais de 60 livros infantis e juvenis, além de peças de teatro, letras de músicas e tem contos, crônicas e poesias publicados em antologias. Isso sem contar com as várias traduções que fez do inglês e do espanhol.
Ao longo da carreira, recebeu vários prêmios. Entre eles: Jabuti, Biblioteca Nacional, João-de-Barro, Nestlé, Adolfo Aizen, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e Cátedra Unesco de Leitura.
Rubem Filho nasceu em Belo Horizonte, em 1969. O ilustrador, artista gráfico e escritor trabalha com literatura infantil há 25 anos. Nessa trajetória, já ilustrou mais de uma centena de livros.
O artista diz que não se lembra de quando começou a desenhar. Formado em artes plásticas e especializado em gravura em metal e litografia, seu sonho era ser artista plástico profissional.
Porém, ao descobrir a força do seu trabalho para encantar as crianças e torna-las leitoras, abraçou a ilustração e a escrita para esse público. Ele conta ainda que raramente passa um dia sem, pelo menos, um rabisco.
Leia A menina e o camaleão na íntegra
Todos temos nossas diferenças. Ainda assim, é possível viver harmoniosamente com elas. A cor da pele nos conta um pouquinho sobre as raízes da família de cada um, além, claro, da nossa própria.
Não temos que nos camuflar, como faz o camaleão. Pelo contrário, precisamos olhar para essas características com a mesma naturalidade que as crianças olham. Partilhar, em harmonia, essa experiência multicor, cabe a cada um de nós.
O livro foi selecionado para o Kit de Literatura Afro-brasileira, Africana e Indígena, destinado às escolas e creches de Belo Horizonte. Essa é uma iniciativa que atende à Política Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
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Gostei de conhecer um pouco da história “A menina e o camaleão “.Sua curiosidade em saber a sua cor,sem contar com a ilustração é desenho com detalhes magníficos.
É acredito que quando ela descobrir que existem várias cores dependendo do lugar que ele esteja,vai ficar maravilhada.
É daqui fico imaginando como será o final da história.
Sem que hoje tem algumas doações de livro que talvez possa doar,caso aconteça.
Ficarei grata sou professora e gosto de ler para meus alunos e indica a leitura.Acredito que o conhecimento nos levam para lugares distantes,sem contar que o compartilhamento é para TODOS.
Gostei de conhecer um pouco da história.
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