Saúde mental infantil: identifique sinais de alerta e veja 10 dicas

Mulher e menina conversando. imagem ilustrativa texto saúde mental infantil.

É importante dar atenção ao bem-estar e às emoções das pessoas de todas as idades. Talvez você tenha percebido que, cada vez mais, tem sido necessário observar também a saúde mental infantil.

De acordo com estudos, cerca de 70% das crianças e jovens sofrem e não fazem qualquer tratamento. Com isso, chegam à idade adulta cheios de pendências emocionais que, muitas vezes, os acompanham por toda a vida.

Pense que é na infância que desenvolvemos nossa estrutura mental. Então, as situações adversas que vivemos nessa fase afetam a forma como nosso cérebro funciona.

Entre as ameaças à saúde mental infantil estão: ansiedade, síndrome do pânico, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), distúrbios alimentares e Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT).

Observe os indícios de problemas na saúde mental infantil

A criança ainda está em fase de desenvolvimento e, por isso, não tem experiência para lidar com as emoções ou se expressar com palavras.

Por isso, é papel dos adultos que fazem parte de sua vida dar atenção para alguns fatores: bullying, traumas, tecnologia em excesso, violência, abuso sexual, falta de afeto, cobrança alta da família…

Menina com as mãos no rosto, diante de notebook. Imagem ilustrativa texto saúde mental infantil.

Negligenciar esses aspectos pode fazer com que a criança extravase de várias formas. Confira alguns dos principais sinais de que há um problema na saúde mental infantil.

  • Agressividade
  • Irritabilidade
  • Tiques
  • Fobias
  • Crises de choro
  • Não comer de forma saudável
  • Insônia ou dormir além do normal
  • Falta de vontade de fazer atividades físicas
  • Timidez em excesso
  • Isolamento dos amigos
  • Desconfiança em adultos
  • Falta de respeito com os mais velhos
  • Queda no rendimento escolar
  • Falta de vontade de ir à escola
  • Baixa autoestima
  • Nervosismo sem causa aparente
  • Falta de interesse em coisas que gostava antes
  • Apatia
  • Pesadelos frequentes
  • Dificuldade de autoaceitação
  • Não se sentir compreendido ou amado
  • Frustração constante
  • Desistência fácil diante de problemas
  • Sensação de que é inútil
  • Esforço excessivo para chamar atenção
  • Agir como bebê ou criança mais nova

Esses indícios são frequentemente confundidos com problemas de comportamento, como manha, birra ou má criação. Interpretar dessa forma dificulta o diagnóstico médico sobre a saúde mental infantil.

Por isso, saiba que o problema pode ser meramente comportamental caso ocorra mudança de atitude de acordo com o lugar. Por exemplo, agir na escola de uma forma e em casa de outra.

Como cuidar da saúde mental infantil?

Menina pensativa. Imagem ilustrativa texto saúde mental infantil.

Claro, não dá para atravessar toda a infância sem nenhum tipo de problema emocional. Se eles aparecem de maneira esporádica, provavelmente, não são motivo de preocupação.

Ainda assim, se você notar frequência nos sinais citados acima, procure um psicólogo especializado no atendimento infantil. A seguir, veja 10 atitudes que você pode mudar ou começar a tomar em casa ou na escola.

1. Evite replicar atitudes erradas da sua infância

Inconscientemente, muitos repetem as mesmas dificuldades afetivas do passado. Lembre-se de que a psicologia infantil está em constante evolução e você tem acesso a informações que seus pais não tinham.

2. Assuma as suas limitações

Algumas coisas, no entanto, nunca mudam: o exemplo deve vir de cima. Portanto, assumir para os filhos que você também tem suas falhas é algo benéfico. Mostre que cada um tem a sua maneira de expressar o amor.

3. Perceba que não há motivo para vergonha

Você não quer que duvidem da sua capacidade de criar os filhos, certo? Mesmo assim, não faça como as famílias que não admitem que existe um problema por se preocuparem com o que as outras pessoas vão pensar.

4. Supere o sentimento de culpa

Algumas famílias se sentem tão culpadas a ponto de não procurarem ajuda. No entanto, é sempre melhor saber que você está fazendo tudo que pode. Veja bem: isso não significa que você deve fazer as vontades da criança.

Sempre deve haver um canal para conversar e dar espaço para que a criança expresse seus pensamentos, inseguranças, medos e ansiedades. Não desconsidere o que ela diz. Pelo contrário, reconheça e valorize cada sentimento.

Mãe e filha conversando ao ar livre.

6. Se algo estiver acontecendo, não esconda

Saiba que a criança consegue perceber quando algo não está bem. Esconder qualquer coisa só faz com que ela sinta culpa e solidão. Explique com o máximo de honestidade possível e responda às dúvidas que surgirem.

7. Ensine a usar a inteligência para resolver os problemas

Se a criança está com notas baixas, brigou com os amigos ou quebrou um objeto, não é seu papel solucionar para ela. Isso só contribui para que ela não aprenda a se virar sozinha e se torne emocionalmente dependente.

8. Não sobrecarregue

Sim, manter a mente ocupada é importante. Mesmo assim, tenha em mente que ter o dia cheio de obrigações causa estresse. É importante que todos os dias haja um tempo livre para fazer o que tiver vontade.

9. Incentive as brincadeiras ao ar livre

Quando está brincando, a criança está se expressando. Não é à toa que a ludoterapia tem um papel importante em tratamentos para a saúde mental infantil. Infelizmente, em plena era digital, isso tem sido cada vez mais raro.

10. Procure saber como anda o desempenho e a vida escolar

É na escola que a criança passa boa parte do tempo e, geralmente, é seu principal ambiente social. Converse também com os educadores. A convivência e a experiência deles os torna capazes de identificar problemas rapidamente.

Saúde mental infantil é assunto sério!

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