As sequências didáticas são estratégias de ensino que valorizam os conhecimentos prévios dos seus alunos. Aliás, é provável que você já tenha essa metodologia de ensino, mas sem dar esse nome.
Na verdade, as sequências didáticas já fazem parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) há muito tempo. No entanto, elas têm mostrado ainda mais sua eficácia nos últimos anos.
A preocupação com o fortalecimento do aprendizado é o que mais incentiva novas pesquisas sobre educação. Esses estudos costumam abranger a inovação dos métodos e ferramentas que são usados no ensino.
Cada vez mais, as sequências didáticas servem como base para a produção e a distribuição de materiais para professores. A seguir, veja como planejá-las.
Quais as vantagens de planejar sequências didáticas?
Um bom planejamento faz com que seus alunos se envolvam mais nas atividades que você propõe. Afinal, tanto as tarefas muito fáceis como as mais difíceis são desestimulantes, por motivos diferentes.
Assim, as sequências didáticas envolvem várias atividades que estão interligadas. Essas atividades obedecem uma lógica de evolução, ficando cada vez mais complexas e desafiadoras.
O objetivo é fazer com que os alunos tenham uma progressão, construindo e acumulando conhecimento. Além de sanar os problemas de aprendizado, isso os ajudará a desenvolverem habilidades e competências.
As sequências didáticas permitem que você planeje aulas mais eficientes e interessantes, com dinâmicas capazes de conectar os alunos com a matéria.
Você passará a focar essas aulas no que é mais crítico e difícil para os alunos. Ao mesmo tempo, evitará investir muito tempo e esforço em pontos menos necessários.
Use as atividades em grupo que os alunos compartilhem ideias, em dupla para debaterem opiniões e individuais para colocarem o aprendizado em prática.
Dessa forma, eles ajudarão uns aos outros. Isso dará a eles um papel mais participativo na própria aprendizagem.
A estratégia começa antes de apresentar a proposta para a turma
Antes de iniciar as sequências didáticas, você deve ter definido o planejamento escolar anual, feito em parceria com os coordenadores e a diretoria da escola.
Para sequências didáticas eficazes e valiosas, seus alunos devem conhecer não apenas que tarefas irão fazer. O mais importante é que eles entendam quais são os objetivos e finalidades. Portanto, abra um espaço para ouvi-los.
Deixe que eles mostrem o que já sabem e pensam sobre o conteúdo que vão estudar. Além de fazer perguntas para eles, use sua criatividade para promover rodas de conversa, produções textuais, dinâmicas de grupo etc.
Assim, as dificuldades dos alunos ficarão mais evidentes e você saberá o que pode esperar deles. Você também poderá definir os objetivos das sequências didáticas e planejar quais metodologias serão as mais adequadas para isso.
Com esse planejamento definido, fale com seus alunos sobre quais estudos eles precisarão fazer e que atividades que serão desenvolvidas.
É nessa hora que você deve justificar a importância da sua proposta no processo de ensino e aprendizagem e quais são os resultados esperados.
Lembre-se de que esse passo já faz parte das suas sequências didáticas. Então, planeje bem a apresentação, para que não fique malfeita ou incompleta. Deixar seus alunos com muitas dúvidas causa desinteresse.
Ponha as sequências didáticas em prática e avalie os resultados
Pense em quais atividades você quer que os alunos façam, de acordo com os objetivos traçados. Uma estratégia eficiente envolve tarefas diversificadas, mas que sejam organizadas de uma forma em que a continuidade é clara.
Lembre-se de que a turma só conseguirá atingir os objetivos que você traçar se as tarefas forem adequadas. Então, observe se as atividades não são complexas demais e se o conhecimento prévio dos alunos é suficiente.
Além disso, certifique-se de que você dispõe de todos recursos, como materiais escolares e conteúdos digitais para referência.
Depois de colocar as sequências didáticas em prática, analise o que os alunos conseguiram assimilar e o que precisa ser revisto.
Isso não inclui apenas as avaliações e trabalhos, mas também registros feitos ao longo das atividades. Ou seja, desde a produção inicial, aquela que mostrou quais eram as dificuldades dos alunos, até a produção final.
Não ignore essa etapa, já que é ela que comprova se as propostas realmente foram eficazes para atingir os objetivos. Você também poderá antecipar com as próximas turmas quais são as dificuldades mais recorrentes e como saná-las.
O que levar em consideração ao elaborar sequências didáticas?
Quando você for fazer suas guias de aulas e atividades, considere os aspectos a seguir.
- Tema trabalhado – O tema deve estar de acordo com o currículo escolar e o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. Exemplo: o caminho da água.
- Objetivos da sequência didática – Por exemplo, os objetivos da EF04CI01: reconhecer a composição da água, saber quais são suas propriedades e identificar como ela se mistura na vida diária.
- Habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trabalhadas – No caso, Misturas (EF04CI01), do campo de experiências da BNCC “o eu o outro e o nós”.
- Conteúdos desenvolvidos – Exemplo: produzir coletivamente desenhos que representem uma rede de abastecimento, conhecer e discutir a finalidade de cada etapa do tratamento.
- Tempo disponível para a execução – Por exemplo: três aulas.
- Matérias necessários para as atividades – Exemplo: textos sobre estações de tratamento de água, recipientes de vidro transparente, água e terra.
São várias as possibilidades!
Um dos pontos mais importantes dessas estratégias é que elas são flexíveis. Ou seja, elas podem ser mudadas e adaptadas de acordo com cada turma. Além disso, elas ajudam no trabalho de professores de todas as disciplinas.
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