Os trabalhos sobre o Dia da Mulher na escola dão ótimas oportunidades para desfazer alguns conceitos e estereótipos: usar azul ou rosa, gostos, profissões, tipos de brincadeiras, se pode chorar, se pode mostrar afeto…
Estamos em plena era de quebra de velhos pensamentos. Muitas brincadeiras, piadas e conversas que eram comuns há apenas alguns anos, hoje em dia são inaceitáveis.
Com isso, uma palavrinha vem ganhando cada vez mais espaço: “desconstrução.”
O tema pode ser trabalhado durante todo o mês de março. Pode também ser incorporado ao currículo escolar ao longo do ano. Isso já está previsto nas competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Dia da Mulher na escola precisa incluir todo mundo
Primeiramente, é preciso conscientizar de que todos nós carregamos conceitos machistas e patriarcais, uns mais, outros menos. Por isso, é importante reconhecer que a transformação precisa começar internamente.
Para que essas práticas deixem de ser reproduzidas, o papel da escola é fundamental. Como toda grande mudança, é normal que haja resistência de parte das pessoas.
Todos merecem ser ouvidos, e a escola deve ser vista como um lugar de acolhimento. A sala de aula deve ser um ambiente seguro para debates e desenvolvimento de ideias.
É importantíssimo inserir os meninos no debate. Convide-os a refletir sobre o tratamento dado às colegas na escola, às mulheres em casa e na rua. O que eles podem fazer para que elas se sintam à vontade nesses meios?
Esse trabalho de conscientização pode começar já na educação infantil. Você não precisa separar os brinquedos como de menino e de menina, por exemplo.
Para os mais velhos, você pode juntar a turma para criar murais com colagens e frases de incentivo, valorização e reconhecimento.
Trabalhando com grandes nomes femininos
Frequentemente, a História coloca os homens brancos como protagonistas. Discuta com os alunos os motivos pelos quais os feitos das mulheres, sobretudo as negras, possuem poucos relatos nos livros.
Promova um debate sobre as contribuições, desafios e conquistas femininas. Façam juntos uma linha do tempo com os avanços. Isso serve de ponto de partida para falar como está a situação atual e onde ainda dá para melhorar.
Peça uma pesquisa sobre a Lei Maria da Penha. Claro, não é necessário se limitar à luta feminina. Afinal, temos grandes nomes em várias áreas: música, literatura, artes de modo geral, esportes, política, História, causas sociais…
Pergunte aos alunos quais eles conhecem e quais foram os grandes feitos de cada uma. As biografias de mulheres inspiram e ajudam a dar às meninas aquela outra palavrinha nova: “empoderamento.”
Peça aos alunos que apontem mulheres que admiram, além da mãe deles. Convide-os a apontar qualidades além da beleza. Vale citar até mesmo personagens fictícias
Ainda assim, mostre como as mulheres que fazem parte do dia a dia têm histórias tão inspiradoras quanto as famosas.
Abaixo, confira o recado especial da Ana Rapha Nunes, escritora de Ela nasceu Clarice para o Dia Internacional da Mulher.
Para trabalhos além do Dia da Mulher na escola
Ao longo do ano inteiro e dos próximos que virão, invista em livros com protagonistas femininas. Claro, também em obras escritas por mulheres. Ah, para isso você pode contar com o Grupo Editorial Lê.
Nosso catálogo é repleto de mulheres talentosíssimas e sensíveis, cada uma a seu modo. Entre em contato e, juntos, vamos escolher o melhor para a sua escola. E que o Dia da Mulher na escola seja todo dia!