‘Sombras de um samba’ mistura Carnaval e mistério

Hoje, 2 de dezembro, celebramos o Dia do Samba. Será que Carnaval, sambas-enredo, mestres-salas e porta-bandeiras podem inspirar uma história de investigação? Bem, Sombras de um samba é mais do que isso.

No vídeo, confira a entrevista que fizemos com a escritora Rosana Rios.

Na história, conhecemos Davi, um jovem de 14 anos que, desde bem novo, tem a mania de brincar com as palavras. Ele repete, modifica, troca as sílabas de lugar e fica imaginando significados para os termos criados.

Uma das suas primeiras brincadeiras foi com o próprio nome: “Davi, davi, da-vi, dá, vi, vida, diva, adiv…” Foi essa mania estranha que atraiu Karla, sua namorada e filha do professor de História no colégio.

Que mistérios o Carnaval pode guardar?

A mãe de Davi é a professora e fotógrafa premiada René S. Laurent. Anos antes, ela estava em um congestionamento com Mabel, sua assistente. Na verdade, Mabel é praticamente da família e conhece Davi desde que nasceu.

Da janela do carro, René tirou uma das suas fotos mais famosas. Na imagem, parte de um carro alegórico do Carnaval anterior serve de abrigo a pessoas sem-teto. A fotografia foi ampliada e exposta em vários locais do mundo.

Em um baú, Davi e Karla encontram um caderno cheio de recortes de jornal. Um deles falava do misterioso desaparecimento do sambista D. J. de Jessé, compositor de Preconceito aceito.

Eles querem saber do desaparecimento não só de D. J. de Jessé, mas de todo o Grêmio Recreativo Imortais do Samba (GRIS). Além disso, buscam desvendar a letra do samba que não sai de suas cabeças.

Máscara de carnaval se desfazendo no chão. Sombras de um samba, página 122.

Seguindo pistas, acabam envolvidos em um caso perigoso que envolve preconceito, sumiço e morte. Quem diria que uma história tão sinistra poderia se desenrolar das sombras de uma samba?

Em cada capítulo, Davi, Karla e Mabel se revezam para um assumir a narrativa sob o próprio ponto de vista. Aos poucos, o leitor vai montando o quebra-cabeças até solucionar o mistério.

Verossimilhança de Sombras de um samba

Rosana Rios é uma escritora premiada de Literatura Fantástica, Infantil e Juvenil. Iniciou sua carreira em 1986 e tem mais de 180 obras publicadas. Entre elas, Metamorfoses, Iluminuras e A filha do alquimista.

Gabriel Leite é desenhista, gravador, encadernador, projetista gráfico e percussionista. Atualmente, é coordenador de arte da Casa do Choro, no Rio de Janeiro, e tem um ateliê em Tiradentes (MG).

Nomes de personalidades do samba, descrições de fotografias, recortes de jornal, pesquisas na Internet e uma série de detalhes… Tudo parece tão real que Sombras de um samba precisou abrir com a famosa mensagem:

“Esta é uma novela de ficção. Os personagens e as situações foram inventados pela autora. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais deve ser considerada mera coincidência.”

Confira um trecho de Preconceito aceito e veja se não parece que você já ouviu essa música em algum lugar:

Mulher negra dançando. Sombras de um samba, página 94.

“Não tem jeito / não é direito / esse despeito
sem respeito / só me resta / a dor no peito
A cor da pele / é que define / a nossa vida
não tem jeito, / o preconceito / é uma ferida.
Não é direito / o desrespeito / que me rala
desde os tempos / dos engenhos / da senzala
quando a cor da pele / era só mais um defeito
quando a gente / era tratado / feito bicho, desse jeito…”

Quase dá para cantarolar, não é verdade? No livro, a letra desse samba de métrica perfeita está completa.

Leia Sombras de um samba na íntegra!

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