Ô, que dó! Às vezes, pode ser difícil identificar se a criança quebrou ou não o braço. Já começo este post com uma dica: mantenha os números de emergência sempre à mão e programados em seu celular.
Brincar, correr, pular, rodar, escorregar, dar cambalhota, ficar de ponta-cabeça… os pequenos realmente têm um espírito agitado. Por mais que a gente vigie, às vezes, não conseguimos evitar os acidentes.
Os braços costumam ser os membros mais atingidos. Afinal, todos temos o instinto de usá-los como apoio para amortecer as quedas.
Que tipos de fraturas podem ocorrer?
Há diversos tipos e graus de fratura, além de várias causas. Nas fraturas completas, o osso é quebrado em duas ou mais partes.
Nas fissuras ou trincas, o osso sofre uma dobra, o que o faz quebrar apenas de um lado. Isso costuma acontecer na parte do meio de ossos longos, como os dos braços e das pernas.
No desvio, uma das partes sai do lugar, causando um desalinhamento. Nesse caso, provavelmente, será necessário uma manobra ou cirurgia.
As fraturas podem ocorrer não só por acidente, mas também por esforço repetido em mesmo ponto. Por exemplo, entre as pessoas que praticam esportes de impacto regularmente.
Pode ser também que haja alterações no metabolismo de cálcio, tumores, infecções e doenças genéticas que enfraquecem o osso.
Se o osso romper a pele, pode ser que ocorra uma infecção. Em alguns casos, é a articulação que fica comprometida.
Como identificar se a criança quebrou o braço?
Leve a criança imediatamente para um pronto atendimento se ela estiver com: pele pegajosa ou arroxeada, respiração rápida e superficial, coração batendo de forma rápida ou irregular, tosse com sangue, desmaio ou confusão mental.
Na verdade, você pode desconfiar que a criança quebrou o braço se perceber um dos indícios abaixo.
- Estalo ou outro barulho.
- A parte afetada está inchada, avermelhada ou arroxeada.
- Dor intensa, principalmente, em um ponto específico do braço.
- Sensibilidade com qualquer toque no local.
- A dor piora com qualquer movimento.
- O membro ou articulação está fora da posição normal ou torto.
- Membro afetado rígido ou com dificuldade de se mexer.
- Choro, reclamação ou recusa de mexer o braço.
Se o membro atingido for a perna, a criança pode andar mancando ou até mesmo ser incapaz de ficar de pé.
Em qualquer caso, lembre-se de que ainda é possível que o acidentado consiga se mexer normalmente. Portanto, o que eu citei aí em cima são indícios fortes, mas não determinantes.
O que fazer em cada caso?
Veja o que dá para fazer em cada situação, de acordo com a gravidade.
Acidente leve
Se o local onde a criança machucou está inchado, mas não há outros sinais de fratura, provavelmente, não é nada grave. Você pode tratar na escola ou em casa e ir observando se melhora.
Coloque gelo no local (se você conseguir, claro) e dê a dose de analgésico recomendada na bula ou pelo pediatra. Se você não for o pai ou a mãe, procure saber se há alguma restrição quanto o uso de qualquer medicamento.
Caso a dor ou inchaço não melhorem, a criança deve ser levada para um exame ou até mesmo uma radiografia.
Acidente com criança que quebrou o braço
Não mexa nem assopre o local fraturado. Tentar acertar ou mudar a posição da articulação por conta própria, então, nem se fala! Apenas imobilize o membro e, se a fratura estiver exposta, envolva-a com um pano limpo ou gaze.
Mantenha o braço elevado. Faça uma tipoia improvisada, usando um objeto reto e firme como apoio, e um tecido que você possa amarrar no pescoço e apoiar o braço.
Acidente com risco alto
Se a parte atingida for pescoço, costas, quadril ou cabeça, sua primeira providência deve ser chamar o socorro especializado: Samu (192), bombeiros (193) ou uma ambulância.
Sim, o instinto é pegar a criança no colo e tirá-la dali imediatamente. No entanto, saiba que isso pode agravar a situação e causar danos irreversíveis.
Enquanto você aguarda o socorro, mantenha a criança o mais imóvel possível. Em casos mais graves, é preferível que ela esteja de jejum. Portanto, não dê nada para ela comer ou beber; nem mesmo água.
A criança quebrou o braço. O que fazer nos dias depois?
O período de tratamento varia de acordo com a gravidade do acidente e a resposta de cada organismo.
Os pequenos têm ossos mais maleáveis do que os adultos. Por isso, eles não fraturam tão facilmente e, caso aconteça, se recuperam mais rápido. Em muitos casos, só é necessário engessar.
Mesmo assim, pode ser que um ortopedista tenha que acompanhar o caso por mais de um ano, para ter certeza da recuperação. Se, mesmo depois de imobilizada, a criança sentir dor, é bom leva-la de volta ao médico.
Dê atenção para dedos muito dobrados, difíceis de mexer, inchados, frios, pálidos ou com extremidades roxas. Observe também o formigamento e a mudança na sensibilidade.
Durante o tratamento, deixe a criança longe das atividades que possam atingir a área afetada. Os dias e horários de tomar os remédios devem ser respeitados.
Lembre-a: quanto melhor for o tratamento, mais rápido ela poderá voltar a brincar, correr, pular, rodar, escorregar, dar cambalhota, ficar de ponta-cabeça…
Essas dicas para identificar e saber o que fazer quando a criança quebrou o braço foram úteis para você? Então, visite sempre o nosso site. Temos conteúdos novos todos os dias, úteis tanto para crianças e adultos.