‘Tem outra palavra na palavra’ – ler e escrever pode ser uma brincadeira!

“As palavras são mágicas e elevam as pessoas.” A declaração é de Nani, autor de Tem outra palavra na palavra, livro que será lançado na próxima terça-feira (31 de agosto).

O objetivo do cartunista nesse livro foi “mostrar para a criança que a palavra tem um segredo. E esse é apenas um dos mistérios”. A obra contribui para criar a consciência de que a escrita serve para criar e estimular o potencial.

No dia 31 de agosto, houve uma live com o autor, no Instagram e YouTube do Grupo Editorial Lê. Clarisse Bruno e Lourdinha Mendes, do Grupo Lê, também participaram do encontro. Veja como foi.

Afinal, do que trata Tem outra palavra na palavra?

Segundo Nani, “as crianças querem traduzir o mundo, e as palavras são muito importantes para isso”. Por isso, o autor incentiva as crianças, inclusive, a pegarem o dicionário para pesquisar sobre os significados.

Lhama malha. Página 7 do livro Tem outra palavra na palavra.

Sobre o poder das palavras, ele observa que elas servem “para a gente guardar o que está acontecendo e o que já aconteceu, a nossa história”.

Ele destaca ainda a dualidade que elas guardam: “A palavra pode ser muito perigosa e causar, inclusive, guerras. Mas, se você pensar, são as palavras que fazem as orações, as poesias.”

O livro não tem aquela estrutura que estamos acostumados a ver das histórias: começo, meio, clímax e desfecho.

Em vez disso, Nani segue a linha dos jogos linguísticos. A intenção é mostrar às crianças que elas também podem fazer suas pequenas poesias.

A verdade é que, dependendo da criatividade de quem está lendo, pode até surgir uma narrativa linear. Basta usar as imagens e ideias para puxar o fio da história. Fica a dica!Emoji piscando

O voo do ovo. Página 11 do livro Tem outra palavra na palavra.

Quem é Nani?

Já falamos sobre a carreira do Nani neste post aqui. No entanto, não custa relembrar algumas coisas: ele é um dos maiores cartunistas do Brasil, com trabalhos publicados em jornais, revistas e TV.

O cartunista é de Esmeraldas (MG). Quando jovem, ele vendia jornais e revistas na rua, e costumava ir de casa em casa, onde ouvia muitas histórias e lendas urbanas.

Ele conta que viver em uma cidade do interior o fez entender um pouco sobre tudo, inclusive política. Afinal, a cidade pequena é um microcosmo onde acontece de tudo: “Isso criou dentro de mim um universo muito grande.”

Naquela época, ele gostava de ver as charges dos jornais que vendia, como as de Millôr Fernandes, Carlos Estevão e Appe. Foi aí que ele criou o fascínio por esse tipo de desenho.

O autor acredita que o artista tem uma “antena”, que o faz ver certas coisas que a outras pessoas não percebem. Isso, segundo ele, não se aprende: “Essas coisas nascem com a gente.”

Conheça agora mesmo Tem outra palavra na palavra

Mostrar que as palavras podem ser divertidas é um estilo que ele já adotou em várias de suas obras infantis, como Abecedário hilário e O que dizem as palavras.

São títulos inspirados nas brincadeiras populares, como as palavras cruzadas e as cartas enigmáticas. Para saber mais sobre o autor e a inspiração para Tem outra palavra na palavra, não perca a live de lançamento nesta terça-feira.