Há décadas, a evasão escolar é um dos principais desafios da Educação no Brasil. Afinal, a cada 100 alunos que ingressam no ensino fundamental, apenas 36 concluem todas as etapas da educação básica.
Esses dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). Outro estudo, feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrou quais são as principais causas da evasão escolar:
- 40% – desinteresse por parte dos alunos
- 27% – necessidade de buscar emprego
- 11% – falta de vagas nas escolas
- 22% – soma de outros motivos
Como evitar a evasão escolar?
Ter alunos que trocam de escola ou até mesmo o abandonam por completo os estudos é algo que preocupa qualquer gestor. Na maioria das vezes, isso é consequência de um problema mais profundo.
Em períodos de crise econômica, a inadimplência e a evasão escolar aumentam, tanto em instituições particulares como nas públicas.
É verdade que muitos jovens e crianças precisam entrar precocemente no mercado de trabalho, para aumentar a renda familiar. Com isso, acabam deixando os estudos de lado.
Ainda assim, você viu acima que a maior parte do problema está na falta de interesse pelos estudos. Ou seja, com carinho, ele pode ser trabalhado dentro da própria escola, já que não está tão atrelado às mazelas socioeconômicas.
Também é importante entender que, dificilmente, uma família decide trocar ou deixar a escola de uma hora para outra. Portanto, é um problema pode ser detectado e corrigido com antecedência.
Como sempre, é melhor prevenir do que remediar. Por isso, não espere para tomar uma atitude quando uma situação problemática aparecer, como uma evasão escolar em massa. A seguir, veja o que você pode fazer agora mesmo!
1. Ajude os estudantes com mais dificuldades
A reprovação é algo que desmotiva qualquer estudante. Quem não consegue passar de ano fica com um sentimento de incompetência, além de ficar estigmatizado pelos colegas.
Por sua vez, os pais se desanimam com a sensação de que o seu investimento está sendo desperdiçado. Mesmo que se trate de uma escola pública, ainda há gastos com o transporte, por exemplo.
Mostre que a escola não está indiferente a essas questões e tem interesse em oferecer apoio. Tenha um cronograma organizado para aulas de reforço para aqueles quem têm mais dificuldades em acompanhar o ritmo da turma.
2. Faça pesquisas de satisfação
Elabore questionários para os estudantes e suas famílias. Isso pode te dar uma luz sobre o que eles gostam, o que mudariam e do que mais sentem falta.
Uma boa ideia são os formulários on-line, que você pode enviar por e-mail ou WhatsApp. Muitos deles garantem o anonimato, o que te permite obter respostas mais francas.
Ao absorver as sugestões, dê preferência àquelas que, de alguma forma, possam refletir no melhor aproveitamento do conteúdo. Claro, o departamento financeiro deve ser envolvido em todas as discussões.
3. Mostre abertura para o diálogo
É normal que a participação dos pais na vida escolar dos filhos diminua durante a adolescência. Ainda assim, mostre a eles como o desempenho tende a melhorar quando a família é mais presente no processo de aprendizado.
Busque uma relação próxima com as famílias e deixe claro que elas têm um canal aberto de diálogo com a escola. Fazer reuniões periódicas é ótimo, mas a sua comunicação pode ir muito além disso.
Mostre que está sempre disponível e faça com que todos sintam que suas opiniões são ouvidas. Na verdade, isso vale tanto para o corpo docente como para as famílias atendidas e para os próprios estudantes.
4. Procure conversar sobre o motivo das ausências
Você não quer que a sua escola se posicione contra os estudantes, mas sim que ela seja vista como parceira e próxima a eles, certo?
Então, repense a ideia de punir os alunos que faltam às aulas, ainda que seja sem justificativa. Isso só os afastará ainda mais.
Entre em contato com os pais assim que a ausência for notada. Essa é uma forma de mostrar que você está ciente e tem interesse no indivíduo. É possível que esteja acontecendo alguma dificuldade também em casa.
5. Busque excelência no atendimento
Como todo mundo sabe, em qualquer lugar, é normal que quem esteja satisfeito fique em silêncio. Ao mesmo tempo, os descontentes não medem esforços para falar mal do que quer que seja, não é verdade?
Por isso, observe como andam os processos de atendimento aos alunos e seus familiares. Nos casos de conflitos entre a escola e a família, procure fazer com que a resolução seja a melhor possível.
Se você está em uma escola particular e tem de lidar com mensalidades atrasadas, chame os pais. Quase sempre, há opções de acordos financeiros que funcionem para ambos os lados. Basta uma conversa!
6. Acompanhe o trabalho dos educadores
Com uma abordagem amistosa, procure saber se há falhas na didática aplicada ou, quem sabe, com um membro específico do corpo docente.
Verifique se todos os profissionais estão cientes e seguem o Projeto Político-pedagógico (PPP) da instituição. Lembre-se também de que, de tempos em tempos, é necessário revisitar esse documento.
Mantenha os professores estimulados. Promova oficinas pedagógicas, em que eles possam compartilhar conhecimentos e experiências. Talvez seja necessário fazer investimentos com cursos de qualificação e especialização.
7. Tenha turmas menores
Ter excelência na sua qualidade de ensino é importante. Ainda assim, é preciso se certificar de que todos os alunos estão assimilando bem o conteúdo ministrado.
Salas de aula lotadas, quase sempre, resultam no aproveitamento baixo do conteúdo. Nesses casos, os professores ficam com estudantes demais para observarem, o que torna impossível acompanhar de perto a evolução de todos.
Quanto mais alunos estiverem sob os cuidados de um único professor, mais difícil é para conhecer cada um e perceber quais são suas dificuldades. Isso diz respeito não apenas à aprendizagem, mas também a problemas sociais.
8. Promova atividades extracurriculares
Você saiba que, ao engajar os seus alunos, está diminuindo o espaço para que o bullying surja? Por isso, procure ter atividades extracurriculares como campeonatos esportivos, grupos de teatro e shows de talentos.
Quando os jovens e crianças sentem que são parte de um grupo e valorizados por isso, têm mais motivos para ir para a aula. Além disso, eles se sentem mais confortáveis e fortalecem seus vínculos com a escola.
Essas iniciativas podem ser vistas como diferenciais para a sua escola. Também é bom que a instituição tenha salas de aula e espaços externos acolhedores.
9. Mostre como o conteúdo é aplicado fora da escola
Às vezes, as aulas podem estar chatas e com abordagens ultrapassadas demais.
Além disso, assuntos muito distantes da realidade da turma e sem aplicação prática, facilmente, afastam o interesse. Por isso, procure relacionar o conteúdo ministrado com questões do cotidiano.
Atividades interdisciplinares são uma medida para captar a atenção de quem não gosta de uma matéria, mas ama outra. Elas também ajudam os alunos a enxergarem como as disciplinas estão conectadas ao dia a dia.
10. Atualize-se sempre
É vital que a educação continue se renovando. Por isso, reavalie periodicamente o Projeto Político-Pedagógico e os materiais didáticos usados na sua instituição. Invista em aulas mais dinâmicas e estimulantes.
Sim, as matérias teóricas são necessárias, mas também são as atividades que envolvem pesquisa, prática e interação. Ou seja, aulas em que os alunos têm um protagonismo maior, em vez de atuarem como meros espectadores.
Não ignore o mundo informatizado em que os jovens e crianças estão inseridos. Isso quer dizer não enxergar a tecnologia como vilã nem ter resistência em usá-la a favor da educação.
A literatura tem força para combater a evasão escolar!
Os livros literários são capazes de atrair o interesse dos alunos para diversos tópicos relevantes para a escola. Manter essa disposição é uma das formas de fazer com que o número de alunos na sala de aula não diminua.
Se você acredita no poder dos livros para conter a evasão escolar, entre em contato. Nossa equipe é especializada e vai te ajudar a escolher os melhores títulos para trabalhar com os alunos.